tag:blogger.com,1999:blog-342234862024-02-02T00:48:46.324-08:00O meu campo quânticoConexão entre alma e ciência numa experiência electrizante.Rui Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/09140025728848194180noreply@blogger.comBlogger25125tag:blogger.com,1999:blog-34223486.post-10057291997388218292013-11-10T07:39:00.001-08:002013-11-10T07:43:19.622-08:00O Gambuzino / The GambuzineO gambuzino aparece nas noites de Outono, primeiro nas florestas ancestrais, depois nas cidades urbanas cavernosas e acaba por fim, meio reflexo, meio destino, a centilar no firmamento; sempre com as suas antenas bem atentas à invenção e pura fantasia humana.Rui Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/09140025728848194180noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34223486.post-79031294933948823242009-03-31T10:40:00.001-07:002009-03-31T10:40:23.382-07:00<span style="font-weight:bold;">Amizade</span><br /><br />Oh doce cantoria da amizade, que parte e reparte em cada dia que passa,<br />Sentido chegado em cada palavra que se entrega, que se dá,<br />Hoje sendo o gato gozador,<br />Amanhã, o pardal alado.Rui Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/09140025728848194180noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-34223486.post-70116853960781592492009-03-05T15:05:00.000-08:002009-03-05T15:07:25.138-08:00Seria o fosso do inferno se tudo corresse bem. Seria o fim da monção se a vida se entreabrisse diante dos meus olhos. Seria o fim da morte se a vida nascesse cedo. Seria o fim da consolação se a raiz do mal fosse descoberta. Seria a terminacao inquebrável do sofrimento se tudo estivesse no seu devido lugar. Seria o largo diante dos emcombros da morte se a vida renascesse numa flor. Seria um escândalo, um diluvio, um ressoar de petalas quebradas se tudo fosse selvagem. Seria o vilão da estória a accordar se a chama desse lugar fosse a redenção. Seria a flor de lótus se a renascença fosse hoje.Rui Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/09140025728848194180noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34223486.post-12764665760193831762009-03-05T14:46:00.000-08:002009-03-05T14:47:22.991-08:00<span style="font-weight:bold;">Amar-te</span><br /><br />Não percebes que te quero amar profundamente? Que te quero beijar, que te quero tocar, sentir-te ao pé de mim, acariciar-te, tocar-te de novo, sentir-te de novo, mais uma vez e outra ao pé de mim, envolta nos meus braços, satisfazer os meus anseios, rebolar contigo na areia da praia, na erva do jardim, nos lençois de uma cama perfumada, rolar e rebolar num intenso momento de prazer, sentir a tua aura a fundir-se com a minha, num eterno momento de candura, abraçar-te e ficar por lá, abraçar-te e sentir-te apenas, sentir os nossos corpos energéticos unidos por uma semelhante modulação de amor, beijar-te intensamente amando cada um dos teus poros, sentido o teu gosto, o teu sabor, revendo em ti o meu sentido, vendo no reflexo de mim nos teus olhos o meu próprio propósito, a minha proposta, o meu encontro, a minha fonte eterna de energia verdadeira. És o meu catalisador, és a minha heroína, o meu gosto pelo desconhecido.Rui Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/09140025728848194180noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34223486.post-9413114888293938772009-01-17T06:22:00.000-08:002009-01-19T08:29:24.577-08:00Aniversário, dia a leste do paraíso, noite a oeste da esperança.<br />Dia que aconchega, dia que se sente ausente, que traduz as expectativas num solene encanto de boémia existencial.<br />Neste dia, deixas de querer ou saber, deixas de ir e vir, apenas existes aqui, neste segundo que me faz ler estas linhas.<br />Leia-se então a vivência, trazendo as novas e as festas, os sonhos e as promessas num presente solto até de madrugada.<br />Irás ser, irás fazer surgir num só folêgo, numa só jornada fulminante tudo aquilo a que pertences. <br />Num só querer, poderás presenciar o destino acompanhada por todos.<br />Aqui e agora, és tu, sempre tu. Vamos, traz os amigos, junta uma festa, rodopia, celebra, canta, encanta, dança, sente, rodopia mais e agora. Usa a tua voz, usa o teu corpo, bem alto, bem alto! E grita, grita sobre, e porque não, uiva, destrói o momento, destrói o momento com o estrondo a que este dia te assiste.<br />Não pares, não respires, não dialogues contigo sequer.<br />Este dia é teu, este dia é nosso, é vivo, é aqui, é assim.<br />Nesta terra desconhecida.Rui Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/09140025728848194180noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34223486.post-22602686750582280042009-01-17T06:05:00.001-08:002009-01-17T06:19:31.616-08:00Altos desejos que se juntam na virtude de um apontamento encenado. Ela esconde aquilo de mais sagrado e aquilo de mais volátil. Entre eles o corpo separava-se em dois palmos e no momento a aproximação era total. Nada se podia afigurar mais belo ou sublime. Conhecendo a existência que apreciavam os demais e por si demonstrada, seria inevitável. Era tudo transforme, tudo sublime, tudo se apresentava na mais moderna transfiguração por si encontrada. No encontro, o recontro esperava a capacidade de elevar o espírito ao sentido mais elevado, à esquina mais temperada da alma, figurando no alcance de uma mão, de um deslumbre, de uma poesia ao ouvido no encontro da saudade. Um boçal desejo deu origem a um intenso prazer, da realidade mundana, ao som da água que cai, tudo se podia agora afigurar, longamente breve.Rui Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/09140025728848194180noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34223486.post-22672737226936762602008-08-27T03:04:00.001-07:002008-08-27T03:04:39.031-07:00A razão do sentido e o sentido da razão trocaram palavras e vieram por mão. Uma deu uma hora, outra deu uma setença. Sentiram-se perdidas no elo da avença. Rogaram as pragas, seguiram os ideais. Sentiram-se cometas, juntando os tais. São horas, senhora, são horas assim. Juntando os sonhos, rogando por mim.Rui Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/09140025728848194180noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-34223486.post-89377333805932751832008-06-01T15:23:00.001-07:002008-06-01T15:37:04.574-07:00<span style="font-weight:bold;">Traquinas da Vida</span><br /><br />Esses traquinas, esses sempre em pé que não param de saltar, que pulam, que invadem o espaço teatral em busca do eldorado de um fascínio envolto em neblina de piratas e ventanias perdidas. Entreabrindo-se ao vento redentor com sua demanda pela jovial verdade do sentir da pequenez, eles saltam e eles coaxam. Saltam porque ao alto seu espanto vê mais. Coaxam porque coaxar é bom, porque sentem que são capazes de o fazer, porque o seu progresso é a sua criatividade e o seu sonho é manter o prazer da descoberta em primeira mão. É olhar, é entreabrir, é sentir a curiosidade, invadir e gritar porque os balões não podem durar para sempre. Os balões são para soprar e para pisar. Romper, com tradições e reviravoltas. Juntar ao sempre vivo o sempre bom. Renascer mais uma vez, mais um dia, porque ser criança não é para sempre e amanhã a aventura ainda regressa.Rui Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/09140025728848194180noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34223486.post-75999528510068122962008-05-10T15:34:00.000-07:002008-06-01T15:36:16.666-07:00<span style="font-weight:bold;">Noite</span><br /><br />Eram altos os sonhos e parcas as cotovias, era vazias as passagens e soltos os infernos. Também ele se fez chegar em rotas de colisão com o desespero. Abriu o caixão, revelou o que era esperado; nada, vazio. Exasperado pegou no telefone teclando furiosamente, do outro lado uma voz fez-lhe chegar a vez da fala: "ELE NÃO ESTÁ AQUI! FUGIU!". Rapidamente a resposta veio abrindo a encruzilhada: "Não meu caro amigo, ele és tu, e para lá caminharás." Desligou. Decidiu nunca mais atender o telefone. Vazio e escuro, cambaleou para a saída. Era seu o negócio, mas do outro a razão.Rui Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/09140025728848194180noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34223486.post-74402544362782484292008-04-17T15:09:00.000-07:002008-04-17T15:13:27.626-07:00E o meu campo quântico permanece em mistério, em brumas ao redor de uma estrela anã, que se envolve em lírios de outrora. Hoje vi que Portugal está a atravessar uma crise ortográfica e como tal é absolutamente essencial a todos os Portugueses que esqueçam os 'c'. Exactamente! É isso mesmo, esquecer os 'c', os 'l' fora do sítio e outras sinalefas que não importam porquê mas aparentemente estão fora do sítio. Eu sei precisamente o que fazer. Ora eu sei exatamente o que isso é. Exato. É bom estar correto.Rui Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/09140025728848194180noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34223486.post-39868256507055508622007-12-26T16:27:00.000-08:002007-12-26T08:28:11.597-08:00Suave juventude que se acerca de nós ao despontar da noite. Solitude ou vésperas de encantamento? Como poderemos nós permanecer vivos até ao renascer do dia? Como poderemos descansar ao sabor do vento de um renascimento constante que apresenta entreaberto pelas vagas de um tempo que passa descontraidamente? Força, hábito, coerência ou afrontamento? Quem saberá!? Quem pode oscultar tais divagações?! Saudemos pois, assim, o dia, o ocaso e o renascimento. Olhemos à manhã e ofereçamos-lhe a nossa vontade. Só a ela se ressente a realidade. Só a ela nos transfigura o amanhecer de novo.Rui Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/09140025728848194180noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34223486.post-24544682896681064892007-12-15T19:28:00.001-08:002008-12-10T06:44:06.870-08:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFr3HnRHxYuF6ZGyDqveyfca2GB9rc_HLF-JQxk4zmzv5Hkbt6UCxjshJbiPz15vJZqhICBJzGt2HzaxOy7vDVOc6cX9FidspOr9AugpRPWAl4ac0Qa-7R3zSfzegSQrpu6zUm/s1600-h/vacuum-gauge_(350_x_343).jpg"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFr3HnRHxYuF6ZGyDqveyfca2GB9rc_HLF-JQxk4zmzv5Hkbt6UCxjshJbiPz15vJZqhICBJzGt2HzaxOy7vDVOc6cX9FidspOr9AugpRPWAl4ac0Qa-7R3zSfzegSQrpu6zUm/s200/vacuum-gauge_(350_x_343).jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5144407790725193810" /></a><br /><br />Escrevo. Escrevo porque diante de mim existe um vácuo e a ele pertenço misteriosamente. Escrevo porque a razão escrita se debate no nada, debelando-se por um punhado de cortesia. Escrevo porque a lembrança é mais forte que o resumo e a suficiência no acto se suprime em si. Escrevo porque a voz a que pertenço se desfaz por uma fé no papel, fazendo-me rogar por mais um pouco, só mais um pouco, do nada que diz tudo.Rui Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/09140025728848194180noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34223486.post-62083282380666032982007-10-31T08:29:00.000-07:002007-11-08T03:32:00.290-08:00<span style="font-weight:bold;">Carta de Desamor</span><br /><br />Meu caro irmão,<br /><br />Sua excelência o alto maestro, nos condenou a um suplício incomensurável nesta data angelicana. Eu não suporto mais esta indigência permanente a que nos fez chegar esta missiva vinda dos altos púlpitos, lançando contra nós, meros oficiais das hostes aqui presentes, uma total ausência de guia espiritual e sublimação dos maiores valores de nossa congregação. É de lamentar o facto de nossa aldeia, e por conseguinte nosso rebanho, estar a ser evangelizado por entre os estilhaços de uma ideia infeliz, uma mera quimera de alto gabarito, sem mérito ou capacidade de inclusão prática entre nós. Estas novidades poderão alterar sem volta nossa direcção de fé. <br />Nossa missão nos faz mover montanhas, mas eu, de boa justiça o digo, não movia a ponta de um castiçal a este nosso irmão e mestre. Eu, se pudesse, e não interviesse de acordo com os princípios que nos regem claro está, estaria disposto a, digamos, castigá-lo por esta imposição danosa e conturbada. Um rumor que se faz sentir é o de que, se nosso maestro, alguma vez estivesse prestes a cometer uma loucura iria acender uma vela a Don Carlo por forma a aplacar a ira dos deuses, nossos criadores. Essa vela, iria representar todos os seus pecados cometidos e impregnar na sua brancura sua própria salvação existencial, porventura, uma vez que o nosso rei celestial atenderá tal pedido magistral, a consumação deste acto de salvação se daria a um formidável espectáculo de pura adoração e inocência. A chama da redenção se acenderia bravamente num louvor aos céus. Seria nunca trágico, mas sim, divino.<br />Mas eu, digo desde já caro irmão, que a acontecer tal evento, iria-se reflectir, sem sombra de dúvida, na organização do nosso templo. Se tal acontecer, esse facto iria decerto trazer um processo regenerativo ao qual todos nós, eu incluído, estaríamos obrigados moralmente a agir por forma a incutir de novo nas hostes um clima respeitador e de aceitação pela nova regência, que inevitavelmente, teria de passar seu legado ás futuras gerações e resolver assim os pecados da presente que, não o afirmo, mas assim o diz-se à porta fechada, são de tal ordem constrangedores que qualquer boa nova é enterrada num perpétuo clima de negrume e invalidez permanente de nossa cultura, tão amada, e tão querida.<br />Nossa amável, apaziguadora, e sempre fiel; Cultura. Cultura essa, irmão, a qual nós devemos proteger. Que deus seja nossa testemunha, e sua lei nosso guia. Assim o seja. <br /><br />Subscrevo-me atentamente. <br /><br />P. Abreu<br />3 de Outubro do Ano de Nossa GraçaRui Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/09140025728848194180noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34223486.post-55877760679687404442007-10-09T02:37:00.000-07:002008-12-10T06:44:07.135-08:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0ezfcrTTU1LtvJ4HFaYtrcJRTeBj8SdqOO7Q-O-vrVcy5liGyegcXf7DcQPEfnz-fXs7lwU5HPInnDRXmWP-3LG5zXFl9WV456fmo71f69fEgU4pmRJTX7ehU8iw0GcFkDhmL/s1600-h/tempo.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0ezfcrTTU1LtvJ4HFaYtrcJRTeBj8SdqOO7Q-O-vrVcy5liGyegcXf7DcQPEfnz-fXs7lwU5HPInnDRXmWP-3LG5zXFl9WV456fmo71f69fEgU4pmRJTX7ehU8iw0GcFkDhmL/s200/tempo.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5119270982115898050" /></a><br />Aproximo-me do tempo, ele insiste em ficar quieto, calado, sóbrio e insensível às passadas sérias que dou em sua direcção. Parado quase, não revela, situa-se. Ele resolve as situações de forma lacónica, tal como era de esperar, perdurando o bom senso de uns largos anos de maturação. Todas as razões são bem apresentadas e passadas a pente fino com muita atenção por sua parte. Envolve complexas redes de potencial e escolhe os passos mais importantes. Deixo ao seu critério, é mais fácil. Muito mais fácil. Ele conhece onde os estudos do presente se encontram numa encruzilhada respeitadora, relatando aos demais pretéritos as suas boas novas. Ele sabe; situando-se além das discórdias passageiras, desejando a todos sempre um ligeiro processo não apressado de glória. É necessário insistência por um compasso de espera, pois passados ligeiros solavancos, tudo o resto se demonstra solúvel, ambicionado, desejado. Se ele nos mostra a sua força nos ermos da razão inquieta à demanda do fácil, também demonstra sua eficácia nos pequenos momentos em que insiste em apresarmo-nos, em que revolta-se ao toque da campainha, em que discute com os ermos a sua lógica ensurdecera. Aqui as situações são relâmpago, aparecem num rasgo e voltam a ele num ápice de segundo. Nestas paragens ele fica subtilmente à escuta, parado por uns micro segundos de êxtase, contendo em si todas as possibilidades e venturas, nisto alcança a mestria, explode, envolve-se de novo na trama, de volta ao banal. Ciclo. Finito na sua plenitude.Rui Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/09140025728848194180noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34223486.post-23482156555162522302007-09-26T07:58:00.001-07:002008-12-10T06:44:07.379-08:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7CBpHQRJJ1C4qogoIlZIYKXa9evuihr5jy7z8GNMkOKaTnP0Mziz8hR5_WxYiU7UBlav8_TOI51zPtg2pVacZbRW-72m8gF7JEkumRl1BZw0tZQSoHVn-Wqn-O8BpPx-iQFv_/s1600-h/perfume.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7CBpHQRJJ1C4qogoIlZIYKXa9evuihr5jy7z8GNMkOKaTnP0Mziz8hR5_WxYiU7UBlav8_TOI51zPtg2pVacZbRW-72m8gF7JEkumRl1BZw0tZQSoHVn-Wqn-O8BpPx-iQFv_/s320/perfume.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5114528822825038498" /></a><br />O Perfume acompanha-nos na sua essência desde a primeira página em que o abrimos. As páginas entretecem em si o sabor maior da suprema evolução do homem. Os toques e os sinais que influem em nosso espírito atormentado diariamente pelo que os sentidos têm a oferecer encontram aqui, neste livro, a razão do seu espelho literário. A viagem a que nos entregamos é desconcertante e inegável, os ecos dos cheiros encontram a melodia e a textura correcta para se encarcerarem em letras e papel. O contar e o embalar de um tonto pleno de sentido, uma alma que se achega ao mais palpável e concreto a que a vida nos faz chegar. Uma viajem assim se faz em tons neutros de pastel, sombreados pelos doces sentidos, clareados pelo constante roçar de bem-querer, é-nos negado o respirar. Tal como Jean-Baptiste, há uma urgência em nós que nos comanda ao desfecho fatal desta obra. Somos impelidos, contraídos, vagueantes entre o desespero e a esperança, acossados pelas forças de uma vida contraída por expansão da sua compreensão do lá fora. Entre os mortos reina a paz, a fortuna dos nossos olhos, o reino do nosso olfacto, a posse do nosso toque. Lendo, apercebemo-nos da nossa ínfima solitude, da nossa alongada permanência sobre os demais, pontes vazias que somos entre os escombros de nós e o tédio que gostamos de matar lá fora.Rui Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/09140025728848194180noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34223486.post-81571646773617255552007-09-20T14:29:00.001-07:002008-12-10T06:44:07.555-08:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiM6nlr7HGr9NJ9oeLRYWm2JJSTgIhhCS1Ov4W8j1Uxrmw-RwENsziY-FKwLpzqYAltoE62CwdnATyORDdtzOyMam8axAHK8aGR6C2cHvD3MKV27lo5uFMnsl_JXv5mtptuC6WW/s1600-h/sol.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiM6nlr7HGr9NJ9oeLRYWm2JJSTgIhhCS1Ov4W8j1Uxrmw-RwENsziY-FKwLpzqYAltoE62CwdnATyORDdtzOyMam8axAHK8aGR6C2cHvD3MKV27lo5uFMnsl_JXv5mtptuC6WW/s200/sol.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5119275925623255762" /></a><br />Estou a ser incinerado vivo, comido pelos neutrinos que se abatem sobre mim neste dia de verão avassalador. As minhas pupilas rebentam pelas costuras, ficam em êxtase contínuo pelo iluminado mundo lá de fora. Afinal quem é que inventou tamanha intensidade luminosa? Será que Deus precisava de ver as coisas melhor e então criou o Sol com este tipo de incandescência ao rubro? Tanto Sol assim até atrapalha, ficamos vesgos de tanta luz, de tanta cor intensa e tanto brilho e ofusco. É demais. Demais, digo. Tanta luz assim não era vista nesta Terra desde o tempo em que o Farol da Alexandria iluminava os antigos nos seus percursos marítimos entre vagas e chagas. Tanta luz meu Deus! Tanta Luz! É tanta que até nos levanta o ego com tamanha arrogância de iluminação. Sentimo-nos irradiados, impressionados, vinculados a saber o que se passa mais. Sentimos o calor e desde logo esse calor transporta-nos para outro ideal, uma outra forma de ver as coisas, um outro raio de esperança. O Sol cria momentos e cria espaços de verdade, onde o Sol alcança assim alcançam as nossas forças, ele perscruta o horizonte sombrio e traz consigo um potencial de frescura ardente. Com tanto Sol assim, é impossível lamentarmo-nos. É impossível porque a impossibilidade existe numa réstia de sombra debaixo das rochas, sem rochas esse Sol seria total, seria máximo, destruiria tudo à sua passagem. Por isso existem sombras. Por isso existem rochas. Por isso aqui estou, aqui ao pé do Sol.</p><div></div>Rui Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/09140025728848194180noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34223486.post-79425258306089787322007-09-03T14:26:00.000-07:002007-10-09T03:21:13.105-07:00<h3><strong>Pormenor</strong></h3><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://photos1.blogger.com/blogger/5409/515/1600/fractal_dragon.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://photos1.blogger.com/blogger/5409/515/320/fractal_dragon.jpg" border="0" alt="" /></a><br />Era uma vez um Pormenor escondido atrás de um arbusto. Ele estava atento a tudo, fundamentalmente atento a tudo, ele era um personagem curioso, multifacetado, corria atrás de tudo o que visse e não parava de sonhar com tudo, tudo o que lhe viesse à cabeça era tópico de conversa, tudo o que queria era aprender, aprender sempre e mais, muito mais, mais do que o tempo e mais que a realidade, aprender para evidenciar, pôr a descoberto, envolver-se nas maquinações mais ínfimas para assim pôr em evidência as partes realmente importantes, porque a importância das partes é inegável e o seu sentido prático era incapaz de negar-se a sí próprio qualquer vã tentativa reles de descoberta ou invenção. Não. O Pormenor conhece. O Pormenor evidencia-se notoriamente dos demais, mesmo os seus colegas como o Detalhe não conseguem atingir o propósito máximo do Pormenor. Ele é quem realmente conta, o Detalhe só consegue ir um pouco mais à frente, mas ele, ahh ele vai mesmo ao fundo das coisas, ele não se cansa com a iluminação do desconhecido, com a panóplia desenfreada de conceitos inausitados que possam estar mesmo ao virar da esquina, ao virar da página não escrita, ao virar do segundo. Procurar e percorrer, à procura do segredo, ele gosta de estar em volta do segredo, percorrer o círculo na sua incessante procura, porque o segredo sabe, o segredo esconde-se mas é descoberto aos poucos, porque Pormenor é também um segredo, e só os segredos se conhecem.Rui Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/09140025728848194180noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34223486.post-52997156241048416622007-08-16T14:22:00.000-07:002007-09-20T14:28:25.365-07:00<strong>Coelhos como catalisadores num mundo termodinâmico</strong><br /><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/5409/515/1600/RabbitExplosion.jpg"><img style="float:right; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://photos1.blogger.com/blogger/5409/515/320/RabbitExplosion.jpg" border="0" alt="" /></a><br />Sendo o coelho um animal com fluidos, então podemos supor um universo comportamental termodinâmico. Nesta situação estarão sujeitos à pressão atmosférica e como tal estão sazonalmente perturbados devido à acção intempestiva dos ciclos lunares. Devido às marés as raposas estarão mais predispostos a serem puxados para fora e para dentro alterando o seu delicado mecanismo natural e infligindo uma grave e penosa dose de fatalidade na população dos coelhos que por sua vez responderão sob enfoque das forças universais sendo compelidos para bater com a pata em tambores elouquecendo rapidamente a população das raposas. Toda esta trepidação irá surtir efeito na extinção das raposas e caso os coelhos alcancem o nível de desenvolvimento necessário comerão cenouras suficientes para atrair princesas. Nestas condições existe uma forte tendência para a mutação e muitos coelhos se transformarão em sapos devido às forças de pressão ao nível do chão. Esta confluência precoce de princesas e sapos na zona poderá fazer ressurgir uma nova era dos mamíferos a qual só poderá ser combatida com uma dose maciça de belas adormecidas colocadas em locais estratégicos por forma a atrair príncipes encantados que tomarão conta dos sapos for via da concorrência natural pelas princesas. Apesar das princesas serem um elemento fulcral no equilíbrio deste eco-sistema, existe um grave perigo; neste quadro após dominarem os príncipes por via natural as princesas terão livre reino para se desenvolverem e nada as impedirá de obter o controlo total do sistema encantado, neste momento e devido à quadratura 7/31, sete anões surgirão como forma de expressão dos arquétipos universais e imposição cultural dos valores liberais do trabalho, o seu modelo será influenciado pelas bolhas de ar de spin 0, cuja configuração não poderá senão compeli-los para uma iteração caseira com o mundo das princesas numa derradeira tentativa de controlar a explosão combinatória do número das mesmas. Se tal não for possível e os anões forem sendo sucessivamente ultrapassados, e caso as forças lunares não sejam suficientes para travar a natural tendência das princesas para dominar as histórias encantadas terá de se adicionar o factor bruxa do oeste e colmatar as diferenças de potencial dinâmico. Neste enquadramento é possível o surgimento espontâneo de um elefante voador cujo objectivo nesta quadratura é criar uma zona de altas pressões localizadas de forma a evitar a implosão zoológica de todo o eco-sistema.Rui Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/09140025728848194180noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34223486.post-45061100468149235732007-07-15T15:16:00.003-07:002008-12-10T06:44:07.733-08:00<strong>Visão Utópica da Distopia</strong><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjueizPmWNoRTRrBr5zifw98i-rzDVk-JDy_qmSt_CzQlF-CN3A4A3xxoaAAOOLq-OKYGsr4RBCO2M1Isi66s6eoYaAIjAr8Qv9eb8VzeW_Sj-MgIzUu7hLvGw2AAJww089Zszj/s1600-h/FailedUtopy.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjueizPmWNoRTRrBr5zifw98i-rzDVk-JDy_qmSt_CzQlF-CN3A4A3xxoaAAOOLq-OKYGsr4RBCO2M1Isi66s6eoYaAIjAr8Qv9eb8VzeW_Sj-MgIzUu7hLvGw2AAJww089Zszj/s200/FailedUtopy.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5119276462494167794" /></a><br />Distopia! Milagrosas vertentes que assaltam o homem no seu sinuoso percurso que desencalhou de um penedo de saudade, poderosas distinções que são recebidas com aplausos de saudade de um tempo que findou no que não deveria ter sido, razões que passaram adiante de um plano de sangue e sofrimento, razões etéreas que colocam um patamar elevado acima das suspeições dos lugares comuns, razões que afrouxam a saudade e a fazem recompôr-se a caminho de um presente que se assegura mais que perfeito, perfeito pelas delongas, perfeito pelas demoras, perfeito pelas aulas e as aprendizagens do caminho. Arquitectura, Ciência, Arte, Sociedade, Sonho. Tudo inspira, tudo expira, tudo trespassa o seu querer infinito de paciência que nos trouxe aqui, ao centro do mundo, ao centro do céu que se transforma por artes mileanares de sabedoria na mais radiosas criações do homem, pontes e travessas rasam o nosso andar, adiante nas ruas os espíritos inquietos acalentam o seu fulgor, o seu espanto está atento às promessas e o seu infeliz semblante é respeito pelo chão que pisam.<br /><br />Forte e inspirado, a palavra foi dita, o coração falou mais alto, a distopia assegurou o respeito que por nós nos merece, agora ela nos faz mais que humanos, ela nos executa o programa da transpersonalidade. As pessoas procuram na sua definição uma sombriedade que nunca tinha sido aflorada, a conjectura de uma sociedade não reflectida faz o nosso desejos acontecerem. Tece o nosso subtexto de ambiguidades de uma forma que ninguém estava à espera. Escreve-se no dicionário Distopia mas fala-se nas ruas em dialecto de vida.Rui Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/09140025728848194180noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34223486.post-10222448294557284472007-07-15T15:16:00.001-07:002008-12-10T06:44:07.749-08:00<strong>Visão Distópica da Utopia</strong><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjueizPmWNoRTRrBr5zifw98i-rzDVk-JDy_qmSt_CzQlF-CN3A4A3xxoaAAOOLq-OKYGsr4RBCO2M1Isi66s6eoYaAIjAr8Qv9eb8VzeW_Sj-MgIzUu7hLvGw2AAJww089Zszj/s1600-h/FailedUtopy.jpg"><img style="float:right; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjueizPmWNoRTRrBr5zifw98i-rzDVk-JDy_qmSt_CzQlF-CN3A4A3xxoaAAOOLq-OKYGsr4RBCO2M1Isi66s6eoYaAIjAr8Qv9eb8VzeW_Sj-MgIzUu7hLvGw2AAJww089Zszj/s200/FailedUtopy.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5119276462494167794" /></a><br />Utopia! Centro encantatório de uma manifestação de felicidade total, orgulho ancestral que parece nunca mais acontecer, findo dos tempos de um percurso meandrante de uma humanidade enganada, albergue nocturno daqueles que não conseguem viver. Utopia! Afinal o quê? Afinal para quê? Centro de expansão ou centro de inspiração halucinante? Real sentido de coragem ou pura tristeza encapsulada em esperança vã? Qual dos dois caminhos seguirá o homem na sua jornada em direção ao nenhures da plenitude!? Apex de uma nova forma de vida entregue aos deuses, essas são as razões de descoberta que não parecem conduzir a lado nenhum, vitórias e demoras alongadas em livros e escritos durante gerações rasgando o papel e a tinta em carruages de palavras alinhandas com os carris do infinito, risos e sentimentos cruzados em demanda de uma só voz que tenha a coragem relevante para um fim e uma causa, nobrezas pobres no seu primeiro canto que ecoam letras de inspiração que chegam aos ouvidos moucos de pessoas cansadas, pontos de encontro de mais um dia que chega e se faz acontecer em prol de um futuro que passa, que delonga-se em expectativas, que assume a construção de castelos no ar com fundações de querer.<br /><br />Forma-se uma palavra e dai advem-se um sentido, larga-se assim perante o dicionário e perante as multidões exultantes mais um conjunto de sentimentos empacotado que fazem eco às inquitações humanas. Devolve-se ao espírito uma definição e com isso teima-se em querer acabar com o problema. Aqui está! Utopia! Está feito! Está declarado! Assim fica a nossa exultação para sempre gravada em pedra. Gerações irão aprender, gerações irão arfar pelo ar que respira esta palavra e irão encontrar refúgio na sua definição. Irão ler e irão assim suavizar suas dores. Irão ler e assim teimar em pensar que sentem.Rui Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/09140025728848194180noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34223486.post-43274804596880163152007-07-06T03:16:00.001-07:002008-12-10T06:44:08.355-08:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdKnfrI5piI9YwVRq5U69o93weiTVxHrNzzNZmvVIiLBc7jMu226SPKGH9C1jk0uJF1x29CHxf3c8wwHaGRN3GnRuclVC3ty6Qm4iS4GzL9Tb3xRptSUL3DHKAxtMR_T7tCqN6/s1600-h/ideabox.gif"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdKnfrI5piI9YwVRq5U69o93weiTVxHrNzzNZmvVIiLBc7jMu226SPKGH9C1jk0uJF1x29CHxf3c8wwHaGRN3GnRuclVC3ty6Qm4iS4GzL9Tb3xRptSUL3DHKAxtMR_T7tCqN6/s320/ideabox.gif" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5078996532505662306" /></a><br />Criações desenfreadas de uma razão posta a nú. Propostas. Reflexões. Carícias a uma ideia ainda por nascer. Volta e volta ao redor da invenção, da descoberta. A quem nós pertencemos ao criar uma ideia? Será que a ideia justifica-se por si só, e necessita de um hospedeiro para ser tornar? Poderá a ideia ser algo completo e empacotado pelo senhor das ideias mas que necessita de algo maior que si mesmo para envolver todo o seu poder em profunda simbíose intelectual? Como será a raíz de uma ideia? Sera branca? Verde? Como irá ela à raíz do problema, será uma ideia um objecto com raízes, e logo, como tal, um objecto com lastro e capacidade de se segurar contra ventos e marés contrárias provenientes da já esperada oposição pelos detentores da antítese? Em que podem os homens conhecer melhor as suas ideias? Se elas são completas e definidas, em que mero acaso, podem eles encontrar algo para além da sua ambição de dar sentido às coisas. Quererá a ideia jorrar para fora uma ideia que ela já de si teve? Será a ideia um conceito infinito e recursivo, onde elas poderão brincar ao jogo das caixas? Seremos todos uma caixa de ideias, com outras ideias lá dentro, que teve um dia a idea de ter uma caixa lá dentro com ideias, e cujas mesmas caixas contemplaram um dia pensar em ideias, e assim sucessivamente até ao infinito do um?<br /><br />Com que nome iremos identificar tudo o que esperamos ser e comtemplar com as ideias do dia a dia? Em que diálogos poderemos nós esperar uma maior frontalidade se tudo o que dizemos não passa de ideia voláteis e cuja esperança média de vida é a de uns bons 3 segundos? Qual de nossas ideias deverá passar o crivo da criação? Qual das nossas ideias deverá ter a massa crítica de um bom senso apertado pelo tempo que não para neste século redopiante e avassalador. Quantos de nós não entregam as suas ideias a outros a troca da moeda comum, esperando assim ganhar um lucro fácil? Quantos de nós não passam por tontos, não elevando as ideias que têm ao seu máximo exponencial; qual é a nossa ideia afinal? Quem tem a coragem de sair da caixa e olhar com convicção o topo do cartão onde se encontra e dizer ao ventos: "Eu sou uma ideia!"?Rui Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/09140025728848194180noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34223486.post-29249513123016530322007-06-22T13:31:00.001-07:002008-12-10T06:44:08.760-08:00<span style="font-weight:bold;">O Núcleo</span><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXI0VtgzFVvc3JdVr3bVhA7ye6jgdb9besEfygQMiEsy-VEl12R5nwuqc4Jnt3L_NASNvBSs4RYsqBREad0EqGZbPeFuHaiDVw2Vy9ZlcGxmm0vcnOCL8aSAX2U952FO124gHu/s1600-h/EarthCore.jpg"><img style="float:center; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXI0VtgzFVvc3JdVr3bVhA7ye6jgdb9besEfygQMiEsy-VEl12R5nwuqc4Jnt3L_NASNvBSs4RYsqBREad0EqGZbPeFuHaiDVw2Vy9ZlcGxmm0vcnOCL8aSAX2U952FO124gHu/s320/EarthCore.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5080077696033149810" /></a><br />Núcleo da terra, núcleo do saber, o centro, o eterno centro de infinito que esconde a pureza matemática do zero. Do centro irradia tudo, do centro nasce o sol e a terra, a lua e o homem. Do seu centro os astros se conhecem e o homem pretende voltar a ele. Raiando o universo atinge a sua plenitude, raiando o homem sobrevive ao caos. De frente à terra, subimos os cumes à procura e só encontramos o vazio do espaço que já sabe. E nós? Como encontrar o centro? A quem nós pertencemos? Ao mundo, ao manto do borbulhar dos sentidos ou ao profundo núcleo das ideias? Qual destas camadas está mais perto do nosso eu e do nosso ser? Quem vive nestas zonas obscuras por um negrume que tende a esconder a verdade? Volta e meia apressamo-nos a fazer história, decidimos investigar e tornamo-nos peritos do centro, insistimos veementemente à procura da verdadeira essência. Ela tem de estar lá. Com coragem e convicção, ultrapassamos todos os obstáculos. Rocha! Granito! Sedimentos antigos e câmaras geotérmicas antiquíssimas. Curiosidade e fascínio. Encontramos a cada passo mais uma razão para continuar, sentimo-nos orgulhosos, exploradores do desconhecido familiar, estamos confiantes, calcorreamos a bom passo alegres e bem-dispostos com a nova aventura, tudo se passa de uma forma simples mas mágica, estalactites e estalagmites de cavernas sem fundo, ir e vir, observar derelictos e mover pedregulhos, sem esforço, alquimia, somos o merlin da geologia, somos fortes, somos golias, agora podemos ser tudo. No nosso impulso por mais gravitação interior não nos apercebemos que essa força permeia quem vai mais longe. A força aumenta, torna-se intensa, combativa, debatemo-nos, é forte demais, agora não vai parar. A força empurra-nos e encosta-nos à profundidade seguinte, estamos presos no manto da nossa terra, infiltrados por uma corrente subterrânea de lençóis freáticos emocionais, somos pressionados, esmagados, sentimos a água como se fossem agulhas, dilacerando a nossa pele ela torna-se aquosa, mutação, transformamo-nos nessa torrente, somos água, somos fluido, deixamo-nos ir num misto de espanto e tristeza. Agora só podemos fazer uma única coisa... Escorregar até ao centro.Rui Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/09140025728848194180noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34223486.post-13055123761315625672007-06-16T04:04:00.001-07:002008-12-10T06:44:09.056-08:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjs85Hlb6MUCqEb4-vfks9dfr3PSBCBbvQg5tQWXigHfmkPKbdNoeryLPnUH3iAMzGKLqfQ1lpSh7OV4BtyRk4wBnC1gLTyQFLhalox3hgYMk5L4pmvMvzNtGOugxD2SAO2FEMU/s1600-h/fairy-realm.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5076617683264394034" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjs85Hlb6MUCqEb4-vfks9dfr3PSBCBbvQg5tQWXigHfmkPKbdNoeryLPnUH3iAMzGKLqfQ1lpSh7OV4BtyRk4wBnC1gLTyQFLhalox3hgYMk5L4pmvMvzNtGOugxD2SAO2FEMU/s320/fairy-realm.jpg" border="0" /></a><br /><span style="font-size:180%;">Mundo Encantado</span><br /><br />Príncipes e princesas, descobertas radiantes de um reinado com provas dadas, um reinado aberto e fluente, que se dá e se põe a descoberto para gáudio dos seus poucos visitantes, raros visitantes desse mundo, crianças entram de rompante e adultos ficam à porta, expectantes, vendo o relógio, ofuscados com tanta beleza só conseguem ficar parados, corroídos por uma vulgar noção de sentido, eles não conseguem sorrir, apenas ficam estupefactos enquanto doces criaturas ficam lá dentro, a pular, a brincar, a sentir o momento que se apresenta em preces de riso. Mundos além da futilidade humana, mundos distantes que entram e saem desta existência sem quase nada o fazer esclarecer, mundos que reflectem o nosso querer mais profundo, que reflectem o nosso lado mais sublime, entre todas as jornadas dos homens, aquelas que mais reflectem entre si a capacidade humana da sobrevivência são as os mundos de fadas, os mundo encantados, os mundo repletos de sabedoria e encantamento, pois nesse mundos, as pessoas sabem se divertir, partilhar, se conhecer intimamente, é nesse mundo que as razões da razão se conhecem realmente, em que os poucos anjos congregam para saber o que fazer a seguir, em que a liberdade nunca é posta em causa pois ela é o tudo que os une, o tanto que se sente num momento eterno é esclarecedor, pois quem vive num conto de fadas tem as suas novas libertas em flor, quem vive num conto de fadas canta a uma só voz, quem vive num conto de fadas liberta os seus receios, funde-se com o tempo, com a história, apresenta-se em mil personagens, em mil razões de conhecer, de se apresentar, de caminhar acordado num mundo feito de amor, de sentir o toque de um ambiente perfeito, e a partir desse toque nunca mais sair, permanecer em plena descoberta, abrindo caminhos e noções, relatando os seus percursos num diário em papiro puro guardado num saco de linho, documentando, guardando, pois num mundo encantado as crianças sorriem e os adultos aprendem, num mundo encantado, tudo o resto é fútil, tudo o resto é nada, pois nesse mundo, a vida compromete-se a si própria.Rui Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/09140025728848194180noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-34223486.post-17799564973848348422007-06-09T08:27:00.000-07:002007-06-09T08:35:13.968-07:00Ao longe, esperamos<br />Ao longe, esperamos, o começo de uma nova era.<br />Ao longe, esperamos, o berço de uma sentida esperança.<br />Ao longe, esperamos, a abertura a um futuro promissor.<br />Ao longe, esperamos, não querendo desesperar.<br />Ao longe, esperamos, um momento de envolvência.<br />Ao longe, esperamos, e voltamos a esperar.<br />Ao longe, esperamos, continuando a amar.Rui Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/09140025728848194180noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-34223486.post-58413201809393135962007-02-24T12:45:00.000-08:002008-12-10T06:44:09.298-08:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxMz0e1KKY7O7HpZ0Rk7LUwDNcujdMXm7HzNDJPsj1spLKKgJ6lCNcHqFTVnDkSKZ5Dq6P02mMumlfW0emuwwLjgFQ8ZlX0FA6RBljO_ddiNB171sIFGtv0oHCr3LN762SzuSQ/s1600-h/vastSpace.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5035208520698354386" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxMz0e1KKY7O7HpZ0Rk7LUwDNcujdMXm7HzNDJPsj1spLKKgJ6lCNcHqFTVnDkSKZ5Dq6P02mMumlfW0emuwwLjgFQ8ZlX0FA6RBljO_ddiNB171sIFGtv0oHCr3LN762SzuSQ/s320/vastSpace.jpg" border="0" /></a><br /><div>Aqui estamos nós nesta terra redonda à deriva no espaço profundo sempre à cata de algo que nos deslumbre e nos fascine perante o vasto pano negro de imensidão vasta e nobre. Aprofundemos o tema. O Espaço. Vasto sem dúvida. Enorme. Carente de contacto. Envolto em mistérios e em profundas indagações humanas que ecoam à milénios atráves das frequências hertezianas da emoção. Quem é o espaço? Existe alguém que possa indicar? Quem diz que o espaço é realmente vazio, de que constitui a matéria negra? Se é negra como podemos nós fazer comércio lícito com ela? Existe mais alguém no espaço que não matéria negra? Os Ferengui poderão fazer negócio com ela? Quantas barras de ouro valerá um kilo de espaço? Poderemos nós humanos ultrupassar o mistério e chegar às conclusões? Realmente, é vasto o espaço. Se é assim tão vasto e inultrapassável então de que me serve estar aqui a escrever sobre ele? Bem poderia estar aqui a teclar até à eternidade e extenuar e esgotar as palavras todas do dicionário pois se a vastidão implica eternidade então é muito provável que essa mesma eternidade siga os preceitos habituais de infinitude, ou seja, que não pare mais, que seja um sistema aberto, que a indagação permaneça e continue até aos indos dos tempos, atráves do subespaço e do espaço sideral, bem além das núvens de orion, para lá da Trapobana, para lá do tecido criativo da lei de Deus. </div>Rui Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/09140025728848194180noreply@blogger.com0