Visão Utópica da Distopia

Distopia! Milagrosas vertentes que assaltam o homem no seu sinuoso percurso que desencalhou de um penedo de saudade, poderosas distinções que são recebidas com aplausos de saudade de um tempo que findou no que não deveria ter sido, razões que passaram adiante de um plano de sangue e sofrimento, razões etéreas que colocam um patamar elevado acima das suspeições dos lugares comuns, razões que afrouxam a saudade e a fazem recompôr-se a caminho de um presente que se assegura mais que perfeito, perfeito pelas delongas, perfeito pelas demoras, perfeito pelas aulas e as aprendizagens do caminho. Arquitectura, Ciência, Arte, Sociedade, Sonho. Tudo inspira, tudo expira, tudo trespassa o seu querer infinito de paciência que nos trouxe aqui, ao centro do mundo, ao centro do céu que se transforma por artes mileanares de sabedoria na mais radiosas criações do homem, pontes e travessas rasam o nosso andar, adiante nas ruas os espíritos inquietos acalentam o seu fulgor, o seu espanto está atento às promessas e o seu infeliz semblante é respeito pelo chão que pisam.

Forte e inspirado, a palavra foi dita, o coração falou mais alto, a distopia assegurou o respeito que por nós nos merece, agora ela nos faz mais que humanos, ela nos executa o programa da transpersonalidade. As pessoas procuram na sua definição uma sombriedade que nunca tinha sido aflorada, a conjectura de uma sociedade não reflectida faz o nosso desejos acontecerem. Tece o nosso subtexto de ambiguidades de uma forma que ninguém estava à espera. Escreve-se no dicionário Distopia mas fala-se nas ruas em dialecto de vida.

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