Amizade

Oh doce cantoria da amizade, que parte e reparte em cada dia que passa,
Sentido chegado em cada palavra que se entrega, que se dá,
Hoje sendo o gato gozador,
Amanhã, o pardal alado.

Seria o fosso do inferno se tudo corresse bem. Seria o fim da monção se a vida se entreabrisse diante dos meus olhos. Seria o fim da morte se a vida nascesse cedo. Seria o fim da consolação se a raiz do mal fosse descoberta. Seria a terminacao inquebrável do sofrimento se tudo estivesse no seu devido lugar. Seria o largo diante dos emcombros da morte se a vida renascesse numa flor. Seria um escândalo, um diluvio, um ressoar de petalas quebradas se tudo fosse selvagem. Seria o vilão da estória a accordar se a chama desse lugar fosse a redenção. Seria a flor de lótus se a renascença fosse hoje.

Amar-te

Não percebes que te quero amar profundamente? Que te quero beijar, que te quero tocar, sentir-te ao pé de mim, acariciar-te, tocar-te de novo, sentir-te de novo, mais uma vez e outra ao pé de mim, envolta nos meus braços, satisfazer os meus anseios, rebolar contigo na areia da praia, na erva do jardim, nos lençois de uma cama perfumada, rolar e rebolar num intenso momento de prazer, sentir a tua aura a fundir-se com a minha, num eterno momento de candura, abraçar-te e ficar por lá, abraçar-te e sentir-te apenas, sentir os nossos corpos energéticos unidos por uma semelhante modulação de amor, beijar-te intensamente amando cada um dos teus poros, sentido o teu gosto, o teu sabor, revendo em ti o meu sentido, vendo no reflexo de mim nos teus olhos o meu próprio propósito, a minha proposta, o meu encontro, a minha fonte eterna de energia verdadeira. És o meu catalisador, és a minha heroína, o meu gosto pelo desconhecido.