Noite

Eram altos os sonhos e parcas as cotovias, era vazias as passagens e soltos os infernos. Também ele se fez chegar em rotas de colisão com o desespero. Abriu o caixão, revelou o que era esperado; nada, vazio. Exasperado pegou no telefone teclando furiosamente, do outro lado uma voz fez-lhe chegar a vez da fala: "ELE NÃO ESTÁ AQUI! FUGIU!". Rapidamente a resposta veio abrindo a encruzilhada: "Não meu caro amigo, ele és tu, e para lá caminharás." Desligou. Decidiu nunca mais atender o telefone. Vazio e escuro, cambaleou para a saída. Era seu o negócio, mas do outro a razão.