Suave juventude que se acerca de nós ao despontar da noite. Solitude ou vésperas de encantamento? Como poderemos nós permanecer vivos até ao renascer do dia? Como poderemos descansar ao sabor do vento de um renascimento constante que apresenta entreaberto pelas vagas de um tempo que passa descontraidamente? Força, hábito, coerência ou afrontamento? Quem saberá!? Quem pode oscultar tais divagações?! Saudemos pois, assim, o dia, o ocaso e o renascimento. Olhemos à manhã e ofereçamos-lhe a nossa vontade. Só a ela se ressente a realidade. Só a ela nos transfigura o amanhecer de novo.



Escrevo. Escrevo porque diante de mim existe um vácuo e a ele pertenço misteriosamente. Escrevo porque a razão escrita se debate no nada, debelando-se por um punhado de cortesia. Escrevo porque a lembrança é mais forte que o resumo e a suficiência no acto se suprime em si. Escrevo porque a voz a que pertenço se desfaz por uma fé no papel, fazendo-me rogar por mais um pouco, só mais um pouco, do nada que diz tudo.