Criações desenfreadas de uma razão posta a nú. Propostas. Reflexões. Carícias a uma ideia ainda por nascer. Volta e volta ao redor da invenção, da descoberta. A quem nós pertencemos ao criar uma ideia? Será que a ideia justifica-se por si só, e necessita de um hospedeiro para ser tornar? Poderá a ideia ser algo completo e empacotado pelo senhor das ideias mas que necessita de algo maior que si mesmo para envolver todo o seu poder em profunda simbíose intelectual? Como será a raíz de uma ideia? Sera branca? Verde? Como irá ela à raíz do problema, será uma ideia um objecto com raízes, e logo, como tal, um objecto com lastro e capacidade de se segurar contra ventos e marés contrárias provenientes da já esperada oposição pelos detentores da antítese? Em que podem os homens conhecer melhor as suas ideias? Se elas são completas e definidas, em que mero acaso, podem eles encontrar algo para além da sua ambição de dar sentido às coisas. Quererá a ideia jorrar para fora uma ideia que ela já de si teve? Será a ideia um conceito infinito e recursivo, onde elas poderão brincar ao jogo das caixas? Seremos todos uma caixa de ideias, com outras ideias lá dentro, que teve um dia a idea de ter uma caixa lá dentro com ideias, e cujas mesmas caixas contemplaram um dia pensar em ideias, e assim sucessivamente até ao infinito do um?

Com que nome iremos identificar tudo o que esperamos ser e comtemplar com as ideias do dia a dia? Em que diálogos poderemos nós esperar uma maior frontalidade se tudo o que dizemos não passa de ideia voláteis e cuja esperança média de vida é a de uns bons 3 segundos? Qual de nossas ideias deverá passar o crivo da criação? Qual das nossas ideias deverá ter a massa crítica de um bom senso apertado pelo tempo que não para neste século redopiante e avassalador. Quantos de nós não entregam as suas ideias a outros a troca da moeda comum, esperando assim ganhar um lucro fácil? Quantos de nós não passam por tontos, não elevando as ideias que têm ao seu máximo exponencial; qual é a nossa ideia afinal? Quem tem a coragem de sair da caixa e olhar com convicção o topo do cartão onde se encontra e dizer ao ventos: "Eu sou uma ideia!"?

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